sábado, 29 de novembro de 2014

Quando Chaves Surgiu em minha vida...

Eu era casado e a mulher em questão tinha um filho com sete ou oito anos.
 
Ambos metidos a intelectuais, papo cabeça e preocupadoschaves7 com a educação do menino; pura arrogância transvestida de conhecimento e experiência de vida.
 
O Silvio Santos no SBT começou a exibir um programa ridículo chamado Chaves (lá vem o chaves, chaves, chaves todos atentos ligados na TV). Estávamos almoçando na Parmê de Vila Isabel e eu vi um garoto em outra mesa com um óculos ridículo de brinquedo que na verdade era um canudinho para beber algum tipo de líquido; e eu do alto da minha arrogância perguntei:
 
 Óculos do chaves- Que coisa é aquela na cara da criança?
 
E minha companhia respondeu:
 
- É o óculos do Chaves...
 
- Que Chaves?
 
- Um programa mexicano que passa no SBT..
 
- Só podia ser do Silvio Santos uma idiotice dessas.
 
Eu retruquei...
 
Desde então proibimos o filho dela de assistir ao Chaves, achamos "idiotizante" demais...
 
Se arrependimento matasse...
 
Eu não sabia que logo depois a Rede Globo estrearia uma imundice chamada Malhação e uma novela chamada A Viagem que se aproveitando de conceitos kardecistas na verdade lançava a moda da tatuagem e do piercing para adolescentes e é claro em poucos dias crianças estavam implorando aos pais por uma tatuagem no ombro...
 
O Chaves não era idiota, o idiota era eu.
 
O Chaves (El Chavo del Ocho) é uma versão mexicana de um outro personagem chamado "Gugu", do programa  educacional infantil chamado Vila SésamoGugu (Gozo no programa original Sesame Street) que por sua vez foi inspirado no filósofo grego Diógenes.
 
Assim como Diógenes Gugu e Chaves moravam em um barril (Gugu morava em uma lata de lixo enorme), ambos descompromissados com maiores responsabilidades, e sempre nos passando algum tipo de... Foi sem querer querendo...
 
Gugu era irascível, já Chaves adorável e Diógenes, bom Diógenes era Diógenes...
  s11  sp 03-09-05  variedades jt  A personagem Chaves   do seriado Chaves, exibido no SBT   FOTO DIVULGACAO
 
Diógenes também morava em um barril e uma vez saiu de sua morada por ter ouvido um burburinho muito forte e viu um político fazendo um discurso para o povo. Ele fuçou no lixo e achou um peixe podre, peixe podre em mãos, ele começou a sacudir e agitar o peixe o que exalou um fedor enorme.
 
O público parou de dar atenção ao político e passou a observar Diógenes e seu peixe podre tampando o nariz.
 
O filósofo gritou:
- ATÉ UM PEIXE PODRE CHAMA MAIS ATENÇÃO QUE VOCÊ!
 
Chaves chamava atenção não por ser podre, mas pela podridão do que passa e passava na TV.
 
Chaves não fazia mal a ninguém, convivia muito bem com todos, Seu Madruga o eterno desempregado e devedor deDiógenes aluguel, Kiko o filhinho de mamãe e tirava do sério o politicamente incorreto Professor Girafalis que fuma charuto em plena sala de aula e paquera mãe de aluno.
 
É famoso o episódio do filósofo Diógenes que em plena luz do dia andava pelas ruas com uma lanterna acesa procurando um homem honesto, verdadeiro, homens auto-suficientes e virtuosos.
 
Se Diógenes tivesse entrado na vila de casas onde vivia Chaves em seu barril, ele certamente teria encontrado um.
 
R.I.P. Roberto Gómez Bolaños.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Book Trailer A História do Papai Noel


Book Trailer do Livro A História do Papai Noel
Este livro conta a História de Papai Noel desde o nascimento de São Nicolau em Patara na Grécia até sua "estreia" em Hollywood.
O livro conta também todas as lendas e mitos correlatos na Europa que acabaram por ajudar a construir a lenda de Papai Noel. Mostra a influência do Protestantismo de Martin Lutero na formação do mito.
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Este não é um livro Religioso, é um Livro de história com um certo sabor de "espírito de natal".
Pode ser lido sem receio algum por ateus, protestantes tradicionais, evangélicos pentecostalistas, católicos, historiadores e publicitários.



terça-feira, 11 de novembro de 2014

A História de Papai Noel*

*Este artigo foi transformado em livro, aqui você tem apenas uma amostra. No livro você tem muito mais informações e imagens. Por todo o texto você encontrará botões onde você será direcionado para o site da editora, onde poderá adquirir um exemplar.

São Nicolau.

A história de Papai Noel está intrinsecamente ligada à história de São Nicolau.So-Nicolau-3_thumb1

São Nicolau Nasceu em Patara (Patera) na Grécia antiga sob o domínio de Roma (Ásia Menor) hoje pertencente à Turquia por volta do ano 300 d.C. Patara que segundo a lenda foi fundada por Patarus filho de Apolo foi cristianizada logo no início do movimento Cristão primitivo e foi berço de vários cristãos proeminentes, dentre eles, Nicolau.

Ruinas-do-Afiteatro-de-Patara-na-AtuO Império Romano ainda convivia com lutas de gladiadores em arenas e com perseguições constantes aos cristãos que para se proteger se reuniam em cavernas e catacumbas escavadas em montanhas fora dos olhos acusadores dos romanos. Necropole-da-Cidade-de-Mira-Atual-Tu[1]

 

Nicolau era filho de pais cristãos e muito ricos, e segundo lendas e tradições desde cedo apresentou características muito diferentes das outras crianças, era muito precoce em vários sentidos e muito cedo se dedicou a igreja, tornando-se diácono de sua comunidade e logo a seguir Padre do vilarejo de Patara.

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Seus pais morreram em Patara quando ele ainda era muito jovem; reza a lenda que faleceram de alguma peste que acometeu a região o que deve ter marcado para sempre sua vida.

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Bispo Nicolau de Mira.Nicolau-Bispo-de-Mira-2_thumb1

Próximo a Patara existia a cidade de Mira (ou Myra atual Demre - Turquia), um importante núcleo cristão; o próprio Paulo de Tarso esteve lá pregando. Nesta cidade a Diocese procurava um novo bispo, pois o atual estava deixando a cidade. Em certa noite o Bispo viu uma imagem resplandecente ao fundo da igreja, o rosto desta imagem fulgurava tornou-se muito branco, brilhando como o Sol; o Bispo perguntou em voz alta:

- O que é isso? Quem representa essa figura?

E a voz de um Anjo respondeu:

- Este é Nicolau o próximo Bispo de Mira que você deve indicar...

E assim, com apenas 30 anos Nicolau tornou-se bispo de Mira.

Seu bispado ficou conhecido pelo seu senso de justiça, proteção aos inocentes e por sua imensa caridade.

 

A Lenda dos Presentes nas Meias.

As lendas e tradições contam que Nicolau o agora Bispo de Mira soube que um pai não tinha o dote para o casamento de sua filha mais velha e ele o ajudou furtivamente.

No século IV nos confins do Império Romano não ter o dote para viabilizar o casamento de uma filha era um pesadelo para os pais, significava que ela não se casaria e isso na cultura da época era uma calamidade familiar. Em um caso em particular, em Mira um pai cogitou vender sua filha como escrava ou para uma casa de prostituição, o que se tornaria uma coisa indigna.

Nicolau ao saber das dificuldades dessa família pegou moedas de ouro de seu espólio particular, envolveu em um lenço e jogou pela janela da casa onde a família passava por este tipo de infortúnio.

Lembrando que Nicolau era muito rico, não pelo seu cargo na igreja, mas sim por ser herdeiro da fortuna da família.

Aparentemente isso se repetiu algumas vezes (talvez três vezes) e em uma ocasião foi necessário que Nicolau repetisse mais de uma vez seu ato para que alcançasse a quantia do dote, pois a família possuía mais de uma filha; o pai em questão curioso para saber quem fazia aquela generosa oferta ficou escondido do lado de fora da casa à espera de seu benfeitor e foi assim que a notícia de sua caridade espalhou-se pela cidade e mais tarde por toda a região.

Nessa época e nesta região existia o hábito de colocar próximo a janela ou a uma espécie de lareira, meias e sapatos para secar do suor do dia ou quando estavam molhados pela chuva, e em alguns casos aconteceu que o lenço cheio de moedas caiu acidentalmente dentro dessas meias ou sapatos e nisso está a origem do costume natalino de colocar meias e ou sapatos na janela ou na lareira para que o Papai Noel deposite neles os presentes.

É claro que isso tornou o Bispo Nicolau de Mira famoso, mas ele também ficou muito conhecido como um defensor formidável da fé cristã.

 

Bispo Nicolau no Concílio de Niceia.

Ele esteve presente no Concílio de Niceia em 325 d.C. que fora convocado pelo Imperador Constantino, isto não é lenda ou tradição, pois fizeram uma lista de presença e seu nome estava nela.

Este que possivelmente foi o maior e mais importante concílio do cristianismo durou meses e discutiu-se de tudo, desde quais livros fariam parte do que mais tarde ficou conhecidoagbook_promote_1 como Bíblia até sobre a divindade de Jesus: afinal, Jesus era Deus ou não?

O Bispo Nicolau defendia fervorosamente que Jesus era Deus além de Filho do pai Todo Poderoso, mas houve quem discordasse como o Bispo Arius de Alexandria (ou Ário) [alguns historiadores não o consideram um bispo, mas sim um presbítero, Arius defendia uma doutrina sobre a Trindade que ficou conhecida por arianismo, hoje suas doutrinas são consideradas heréticas pela igreja católica] e os debates continuavam tendo Arius sempre negando a divindade de Jesus; farto disso e sem mais palavras para defender o aspecto divino de Jesus, Nicolau levantou-se foi até Arius e o esbofeteou.

 

São Nicolau o Bispo de Mira.

Nicolau-Bispo-de-Mira_thumb1Após o Concílio de Niceia O Bispo Nicolau de Mira em vida já era aclamado como santo protetor das virgens e da fé e era amplamente chamado de São Nicolau.

Veneravam sua imagem acreditando em sua intervenção: donos de comércio, advogados e seus clientes, mulheres solteiras ou casadas semNicolau-e-os-marinheiros_thumb filhos e uma classe trabalhadora que mais tarde foi muito importante na propagação na fé em São Nicolau; os marinheiros; também pescadores e comerciantes marítimos acreditavam que São Nicolau aparecia do nada em noites tormentosas e tinha o poder de apaziguar tormentas.

 

O Milagre dos três jovens.

Existem duas versões para um dos milagres mais famosos atribuído a São Nicolau:

A primeira diz que três estudantes que estavam a caminho da escola foram assaltados, raptados e esquartejados pelo zelador de uma hospedaria, o zelador teria colocado as partes dos jovens em um barril de conservas e repentinamente Nicolau apareceu na hospedaria e ordenou que os meninos se levantassem. Milagrosamente os pedaços das crianças foram se juntando e lentamente foram saindo do barril um após o outro.

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A segunda diz que três jovens cristãos estavam para ser decapitados injustamente, eles foram vendados e postos de joelhos e quando estavam com a lâmina preste a decepar suas cabeças Nicolau chegou repentinamente e com muita energia evitou a execução. agbook_promote_1

 

A Morte de São Nicolau.

A-Morte-de-So-Nicolau_thumb1Nicolau morreu no dia 6 de dezembro de 343 d.C., seu corpo foi colocado em um caixão e depositado em um túmulo na Cidade de Mira e segundo testemunhas um líquido perfumado escorria de seu ataúde e uma gota deste perfume tinha o poder de curar toda e qualquer doença.

Peregrinos começaram a vir ao seu túmulo em busca de cura: cegos, paralíticos, pessoas com febre, Cruzados em busca de proteção (depois das batalhas levavam frascos do perfume o que ajudou também a espalhar a história do santo) o que só fez aumentar mais ainda a fama de São Nicolau que já não era pequena.

 

O Roubo do Corpo de São Nicolau.

Mais de 700 anos após a sua morte, no ano 1087 seu corpo foi roubado por 62 marinheiros italianos incentivados por comerciantes e levado para a cidade de Bari na Itália, o roubo foi relatado pelo monge beneditino Miséforo alguns dias depois do ocorrido (um monge foi testemunha ocular e chegou a ser ameaçado por um dos marinheiros de nome Mateu).

Em Bari foi erguida uma imponente catedral para guardar seus restos mortais e o nome de cada marinheiro que participou do roubo teve em homenagem seus nomes gravados nas paredesBaslica-de-So-Nicolau-em-Bari-Italia[2] do templo. Mateu e seus companheiros fizeram um contrato com a igreja para receber uma porcentagem dos lucros obtidos com a presença dos restos mortais de São Nicolau, mas a igreja não cumpriu sua parte.

Mesmo tendo sido fruto de um roubo espetacular, todos os anos até hoje os cidadãos de Bari encenam nas ruas a chegada em um barco do caixão contendo o os restos mortais do santo. São Nicolau de Mira passou a ser conhecido como São Nicolau de Bari.

Nesta época havia um grande comércio de relíquias (muitas delas falsas) de santos; por vários motivos, por exemplo, atrair peregrinos e suas respectivas ofertas e doações, crença na proteção que as relíquias proporcionavam a quem as possuía, poderia ser um colecionador particular, uma família rica, um rei ou até mesmo uma cidade. No caso dos restos mortais de São Nicolau dois são os motivos, atrair peregrinos (e mesmo turistas) para a cidade de Bari na Itália e também por uma crença fervorosa dos marinheiros em receber bênçãos e proteção do santo.

Os restos mortais de São Nicolau foram depositados em uma tumba provisória e em 1089 foi transferido para seu lugar definitivo um novo sepulcro inteiramente feito de mármore.

 

Abertura do Túmulo de São Nicolau.

Só no século 20 em 1953 a tumba de mármore foi aberta para uma reforma e enquanto isso seus ossos foram Crnio-de-So-Nicolau-Faltando-uma-par[2]minunciosamente examinados por ordem do Vaticano, tudo foi fotografado, radiografado, diagramado em escala, medido, registrado e documentado em um longo dossiê; para dizer a verdade faltam muitos ossos no esqueleto de São Nicolau, porém do crânio só falta uma pequena parte da articulação do maxilar do lado esquerdo.

 

Reconstrução da Face de São Nicolau.

O patologista forense italiano nDr-Franco-Introna_thumb1ascido na própria cidade de Bari Franco Introna teve acesso a toda a documentação sobre os restos mortais de São Nicolau e enviou todas as informações a Dra. Caroline Wilkinson da Universidade de Manchester na Inglaterra, uma especialista em reconstrução facial (ela é muito conhecida de documentários históricos e arqueológicos tipo BBC, Discovery Channel, National Geographic Channel etc.); com esses dados em mãos logo a Dra. Caroline Wilkinson percebeu que o esqueleto era de um homem de baixa estatura com cerca de 1,67m e que sua cabeça era desproporcionalmente grande em relação ao seu corpo, ou seja, Nicolau era baixinho e cabeçudo.

Dra-Caroline-Wilkinson_thumb1A Dra. Caroline também fez uma descoberta interessante; São Nicolau teve o nariz quebrado em algum momento da vida o que fez com que ficasse com o nariz torto após a cicatrização do ferimento e calcificação óssea.

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Face-de-So-Nicolau-Restaurada-Defini[1]

 

A Popularidade de São Nicolau.

Antes de seu corpo ter sido roubado de Mira, os marinheiros já tinham espalhado por todos os portos da Europa os milagres e façanhas de São Nicolau e agora com seu corpo depositado em uma cidade italiana sua fama cresceu imensamente desde os confins da Turquia até os centros mais movimentados da Europa Central, o que fez com que ele se tornasse o santo mais popular do mundo na época; na Idade Média, existiam mais igrejas erigidas em seu nome que todos os Apóstolos de Cristo juntos.

 

São Nicolau e outros "Papais Noéis".

Conforme a fama de Nicolau foi se espalhando pela Europa, suas façanhas foram se mesclando com outros fenômenos culturais, espirituais, religiosos e folclóricos de lugares onde já existia alguma entidade semelhante em comportamento e feitos, assim como foram acrescidos para que se formasse aWodan-voando-em-sua-carruagem_thumb1 figura do Papai Noel. Uma dessas figuras foi Wodan (Woden), da cultura pré-cristã germânica; dentre muitos poderes e atribuições desta divindade uma delas era sobrevoar em uma carroça (ou biga) puxada por caprinos as casas dos aldeões e fazendeiros, observando como tratavam de seus filhos, de suas esposas, seus empregados e de seus animais; como fazendo uma lista para parabenizar os bons e se não punia os maus, esses não recebiam suas bênçãos.

 

Inspirações de São Nicolau.

Inspiradas nos feitos de São Nicolau, um grupo de freiras francesas do século XII tiveram a iniciativa de distribuir pequenas porções de doces, frutas e nozes para as crianças no dia de São Nicolau 6 de dezembro, pelo voto de silêncio e humildade das freiras elas não revelavam sua atitude (ao menos não em público) e logo se criou mais uma lenda ou um mito, o de que era o próprio São Nicolau que distribuía as frutas para as crianças.

Temos aqui já algumas características que juntas formariam mais tarde a figura de Papai Noel: presentes em meias ou sapatos, uma biga ou carroça voadora com uma entidade que verificava uma vez por ano quem foi bom ou mau.

 

O Protestantismo e São Nicolau.

Martin-Lutero_thumb1No século XVI ocorreu o advento do protestantismo e seu líder Martinho Lutero não gostava de toda a atenção dada a São Nicolau, ele achava que toda essa veneração, idolatria etc. deveria pertencer e ser direcionada apena a Jesus Cristo. A imagem e maiores referências a São Nicolau foram as primeiras expurgadas do protestantismo por Lutero.

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Martinho Lutero e seu movimento seriam muito prejudiKris-Kindle_thumb1cados com o banimento de São Nicolau da cultura cristã, principalmente junto às crianças, então ele fomentou a crença em outra lenda alemã, a de Kriss Kindle o Jesus Criança ou Menino Jesus que voava e distribuía presentes, só que ao invés de ser festejado no dia de São Nicolau 6 de dezembro passou a ser festejado no dia que se comemora o nascimento de Jesus, 25 de dezembro.

Com a chegada dos primeiros peregrinos protestantes nos Estados Unidos o nome mudou ligeiramente para Kris Kringle.

 

"Papais Noéis" pelo Mundo.

A esta altura já existiam personagens semelhantes pelo mundo, baseado na história de São Nicolau ou não:

Na Inglaterra ele era chamado de Father Christmas (Pai Natal) e fazia parte de um antigo festival de inverno, ele se vestia comFather-Christmas-Vestindo-Verde-Simb[2] uma túnica verde simbolizando a primavera que estava prestes a chegar; ele também era conhecido como Sir Christmas, Old Father Christmas ou também como Old Winter. Nesta forma, ele não dava presentes às crianças, nem descia pela chaminé, apenas batia na porta da casa das pessoas, festejava com elas e com os moradores das casas vizinhas e depois seguia para bater na casa de outras pessoas. O Espírito de Natal, presente no livro de Charles Dickens “Christmas Carol” (1843) é baseado nas festividades de Father Christmas; ele é descrito como um homem grande, de barba ruiva (vermelha) e vestia um manto forrado com uma pele verde (ou tingida de verde).

Na França existia já o Père Noël, porém com uma Pre-Nol-o-Papai-Noel-Frans_thumb1indumentária ligeiramente diferente do Papai Noel que conhecemos hoje. A Primeira vez que se tem notícia na literatura francesa sobre este personagem, é encontrado em 1855 nos escritos de George Sand, porém sem referência ao Menino Jesus e as festividades de Natal como hoje em dia; vale notar uma enorme resistência dos franceses do pós-guerra quando o Plano Marshall norte-americano tentou impor o estereótipo de Santa Claus, estadunidense ao povo francês. O Papai Noel Francês igualmente distribuía presentes para as crianças.La-Befana-o-Papai-Noel-da-Italia_thu

No folclore italiano existia La Befana uma espécie de bruxa que também é identificada como “uma velha senhora pobre” que ia de casa em casa procurando o Menino Jesus e distribuía presentes às crianças boas que esperavam por ela.

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Jultomte-O-Gnomo-de-Natal-o-Papai-No[2]Na Suécia a tarefa de distribuir presentes no Natal era a de um gnomo chamado Jultomten que quer dizer literalmente “Gnomo do Natal”.

Na Holanda era o próprio São Nicolau que distribuía os presentes, pois um país tão ligado ao mar os marinheiros nunca esqueceram seu padroeiro de tantos séculos, e lá ele era chamado de Sinterklaas (de onde vem o nome em inglês Santa Claus).

So-Nicolau-Distribuindo-Presentes-na[1]

Quando os exploradores e protestantes holandeses chegaram ao Novo Mundo (EUA), eles levaram junto os seus hábitos e costumes e é claro todas as referências culturais, folclóricas e religiosas de São Nicolau ou em holandês Sinterklaas (Sinter = Santo e Klaas = Nicolau).

 

São Nicolau e Papai Noel no Novo Mundo.

Nos Estados Unidos, até a declaração de independência, o costume ficou restrito a comunidade de imigrantes holandeses e seus descendentes. Após a independência norte-americana, os EUA queriam se desvencilhar da cultura inglesa e com isso buscaram novos símbolos, novos costumes, uma nova moda; tudo que se referia à Inglaterra era velho e fora de moda, fizeram de tudo para se livrar das tradições do Velho Mundo; isso fez com que se voltasse para Nova York que possuía uma forte concentração de Holandeses em geral com costumes bem diferentes dos ingleses.

O escritor norte-americano Washington Irving em seu livro washington-Irving_thumb1A History of New York (A História de Nova York) escreveu muito sobre a cultura holandesa e deu um destaque especial a Sinterklaas a versão holandesa de Papai Noel.

 

Finalmente Papai Noel.

Até então, a imagem de São Nicolau ainda era a de um “santo” e não a do Papai Noel como a conhecemos hoje, alegre, meio bonachão e gordinho.

Clement-Clarke-Moore_thumb1Em 1823 Clement Clarke Moore, professor de literatura da Universidade de Columbia, entusiasmado com a proximidade do Natal e estando dentro de uma carruagem em meio à neve inspirou-se para criar um poema que mudaria completamente a imagem de Papai Noel de “santo” para tornar-se o personagem que conhecemos hoje em dia.

agbook_promote_1O título deste poema é: Uma Visita de São Nicolau (A Visit From Saint Nicholas).

Bom, o poema é grande e foi escrito em inglês do século 19, vou colocar ao final do texto três versões: a original em inglês, uma tradução livre que tenta manter um equilíbrio entre licenciosidade de tradução, manter o espírito do original e tentar obter um pouco do lirismo e uma terceira versão que foi traduzida com a intenção de manter o aspecto poético mesmo que se perca um pouco do original.

O fato é que este poema de Clement Clarke Moore foi o marco entre São Nicolau e o Papai Noel. Ele praticamente deixa de ser um personagem religioso e passa a ser muito mais pagão (no sentido de não religioso), ele é descrito como sendo alegre e rechonchudo, pela primeira vez é mencionaUma-Visita-de-So-Nicolau-Capa_thumb1do o trenó e as renas incluindo seus nomes: Dasher, Dancer, Prancer, Vixen, Comet, Cupid, Donner e Blitzen; igualmente, pela primeira vez é descrito que ele entra nas casas pela chaminé.

Hoje em dia o poema de Clemente More Uma Visita de São Nicolau (A Visit From Saint Nicholas), é muito mais conhecido pelo título: A Noite na Véspera de Natal (Twas the night before Christmas) é possivelmente o poema de maior sucesso no mundo e foi traduzido para diversos idiomas e dialetos com versões muitas vezes direcionadas a cultura local e com interpretações diversas. Fez tanto sucesso que causou um frenesi no que tange a poemas, livros, folhetins, peças de teatro sobre o tema Papai Noel e o Natal.

Katherine Lee Bates criou “Mamãe Noel” ("Mrs. Santa Claus" esposa de papai Noel) em seu poema Goody Papai Noel em um passeio de trenó (1889).

Louisa May Alcott uma escritora voltada ao público infanto-juvenil autora do famoso livro Little Women (Mulherzinhas no título em português) inseriu em sua obra o texto Feliz Natal.

Na verdade na onda do sucesso do poema de Clemente Moore todos que tinham algum nome literário e ou precisavam de dinheiro escreviam ou compunham sobre o tema Papai Noel e o Natal e em geral vendiam como água. Isso acabou por despertar o interesse em sua aparência; sua barba era branca, mas qual o tamanho? O quão gordo ele era? Qual a cor de suas vestes?

Thomas-Nast_thumb1Vários ilustradores aventuraram na tarefa e cada um representava Papai Noel de uma forma diferente, uns com características ainda muito religiosas, já outros com característica por demais pagã. Até que um dia o ilustrador Thomas Nast do jornal Harpers Weekely o desenhou pela primeira vez em uma edição natalina do periódico (ele desenvolveu esta função de 1860 a 1890) e Nast tinha uma verdadeira paixão por desenhar a figura de Papai Noel e a cada edição ele deixava sua imaginação criar imagens que hoje nos são muito familiares, na edição em que ele desenhou Papai Noel com um telescópio é que ficou definido que ele morava no Polo Norte, Nast também mostrou pela primeira vezPapai-Noel-com-Telescpio-Ilustrao-de[2] o grande livro com a lista das crianças que deveriam ganhar presentes e quando o telefone se popularizou, ele desenhou Papai Noel recebendo pedidos pelo novo invento e até mesmo desenhou Papai Noel em sua casa.

Bispo-Nicolau-com-chapu-de-bispo-e-CA imagem que remete a São Nicolau como Bispo Nicolau de Mira nota-se a austeridade já na imagem de Papai Noel percebe-se a alegria e satisfação; o chapéu virou um gorro caído e descontraído já o cajado virou um pirulito.

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Papai Noel até fumava Papai-Noel-em-sua-Casa_thumbum cachimbo de haste longa e fina estilo holandês. Sim! Papai Noel fumava! E fumou por muitas décadas.

 

 

 

 

As Cartas Para Papai Noel.

Não se sabe ao certo quando e como começou a tradição deVirginia-OHanlon_thumb1 escrever cartas para o Papai Noel, mas conta-se a história da jovem Virginia O'Hanlon de 8 anos que duvidou da existência de Papai Noel e escreveu uma carta para o jornal The New York Sun em 1897, a história é que ela conversou sobre a existência ou não de Papai Noel com o próprio pai e ele brincou ou retrucou algo como: “... Se o Jornal The Sun publicar a notícia, é porque ele existe...”; então Virgínia escreveu uma cartinha para a redação do jornal:

Carta-de-Virginia-OHanlon_thumb- Querido Editor

- Eu tenho 8 anos de idade.

- Alguns dos meus amiguinhos dizem que Papai Noel não existe.

- Por favor, diga-me a verdade; Papai Noel existe?

Virginia O'Hanlon - 115 West Ninety Fifth Street

E o Jornal The Sun rapidamente respondeu:

(trecho traduzido do original)

“... Virginia, seus amiguinhos estão errados, eles estão afetados pelo ceticismo, em uma época cética. Eles não acreditam exceto se eles podem ver...”.

“... Sim Virgínia, Papai Noel existe; ele existe tanto quanto o amor, a generosidade e a devoção existem...”.

Leia no Livro A História do papai Noel à venda na agbook.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Lançamento do Livro Sabores Mortais

Novo Livro de Bianca Carvalho: Sabores Mortais


Olá Pessoal! Paz!
Sabores Mortais de Bia Carvalho
Sabores Mortais

Vez por outra eu faço aqui a divulgação de peças de teatro, filmes e livros; dessa vez eu tenho a grata oportunidade de divulgar o lançamento de Sabores Mortais de autoria da minha amiga Bia Carvalho que junto a outros dois títulos: Jardim da Escuridão e Versos Sombrios encerra a "Trilogia das Cartas". "...onde a última carta será revelada...".

O Lançamento será no dia 8 de novembro às 15:00h  na Livraria Cultura Cine Vitória -  Rua Senador Dantas, 45 - Cinelândia - Centro - Rio de Janeiro - RJ Tel.: 021 3916-2600 o Site é    http://www.livrariacultura.com.br.

Os outros títulos da Trilogia das Cartas são:
Jardim da Escuridão de Bia Carvalho
Jardim da Escuridão

Jardim da Escuridão

"Todo dom pode ser uma bênção ou uma maldição..."

Quando Faith Connor recebe uma carta deixada por sua avó, após a morte da mesma, contendo um último pedido, ela não esperava que sua vida ganharia um rumo inesperado. Detentora de um dom especial de compreender as flores, cujos significados lhe fornecem visões de acontecimentos futuros, ela atende o pedido da avó, levando uma flor especial a seu túmulo e acaba conhecendo Rowan Allers, um homem atormentado pela morte da irmã, assassinada por um serial killer. Sentindo uma estranha conexão com aquela história, Faith o ajuda a investigar, sem nem saber que seus destinos estavam ligados de forma perigosa e até fatal.
Versos Sombrios de Bia Carvalho
Versos Sombrios

Versos Sombrios

“O bem e o mal conectados por palavras e um destino...”

A segunda carta de Lolla Dewitt é revelada, com seu último desejo para Cailey DeWitt.

Cailey tem o dom das palavras. Quando escreve, ela consegue transmitir sentimentos, se conectar com a história de qualquer pessoa e até curar corações partidos. Porém, seu dom pode se tornar um pouco mais obscuro que isso.

Lolla pede que ela envie uma de suas belas poesias a Jayce Hernandez, um detetive amargurado que perdeu a mulher amada e se afundou em escuridão.

E Jayce logo teve oportunidade de retribuir, pois Cailey se vê perseguida por um assassino perigoso, obcecado por suas poesias e que a leva a se envolver em uma trama de segredos que podem mudar sua vida definitivamente.

Um Pouco sobre a Bia Carvalho...
Bia Carvalho
Bianca Carvalho

Bianca Carvalho é autora dos livros Jardim de Escuridão, Versos Sombrios e Horas Noturnas, sendo que este último foi publicado apenas em e-book, na Amazon.

Seu livro Jardim de Escuridão, que já está na segunda edição, foi premiado com o Codex de Ouro do ano de 2013, na categoria "Suspense".

No lançamento de Versos Sombrios, na Bienal do RJ, em 2013, 120 exemplares foram vendidos em menos de 2 horas;
Ainda na Bienal de 2013, Bianca Carvalho vendeu quase 600 exemplares de seus dois primeiros títulos.

Participa do grupo literário Entre Linhas e Letras, que ministra oficinas de leitura em escolas e viaja o país para eventos, divulgando seu trabalho. Uma dessas oficinas foi filmada e apresentada no Jornal Futura como um projeto social exemplar de incentivo à literatura.

Em 2013 criou o projeto Literar, com o qual visita escolas do Rio de Janeiro apresentando uma palestra sobre a importância da literatura, conversando com alunos do Ensino Médio sobre os desafios da profissão e todo processo de criação de um livro;
Foi selecionada por blogueiros e leitores, em uma pesquisa da página Eu leio Brasil, como uma das 20 melhores autoras do Brasil, junto com nomes como André Vianco, Thalita Rebouças e Carina Rissi.

Contatos: André Siqueira
marketing@eraeclipse.com - Tel.: (21) 3529-4947

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

A Legião Romana.


Um Pouco sobre a Maior Máquina de Guerra do seu Tempo.
Legião Romana
Formação de Ataque "Tartaruga" Legião Romana

Legião era uma unidade de infantaria que era a base de todo o exército romano tanto na República como no Império.

O que seria mais tarde a legião romana existia desde que Roma ainda era apenas uma cidade-estado, porém a legião por assim dizer, aquela forma organizacional, disciplinada e que entrou para a história, foi criada a partir de uma reforma feita pelo general romano Mario (Caio Mário 157 a.C. – 86 a.C) por volta do ano 100 a.C.

Qualquer cidadão romano poderia participar desde que tivesse menos de 27 anos e soubesse ler e escrever.

Cidadãos não romanos poderiam participar do exército, porém apenas como força de auxílio, entretanto durante o período conhecido como “principado” (30 a.C. - 284 d.C.), não cidadãos fizeram parte do exército regular junto a Legião.
Denário de Prata
Denário de Prata efígie de Júlio César

Cada soldado firmava um contrato de 25 anos recebiam 225 denários por ano até o tempo de Tito Flávio que aumentou essa quantia para 300 denários por ano e não houve mudança até o período de Septímio Severo, que aumentou o salário para 500 denários ao ano e ao se aposentar recebiam uma quantia em dinheiro (cerca de 3.000 denários [época de Júlio César] e uma terra fértil como forma de "aposentadoria").
Denário: moeda padrão. Continha de 3,5 a 5 gramas de prata dependendo da época (as quantidades de ouro e de prata foram diminuindo significativamente ao longo dos anos). Representaria mais ou menos o salário de um dia de trabalho de um trabalhador não especializado.

O General Mario também padronizou a Legião, tanto em desempenho quanto em equipamentos.
 
A quantidade de seus componentes poderia variar conforme a batalha ou a guerra ou mesmo com a época, mas podemos considerar números da ordem de 1.000 a 8.000 homens podendo chegar até 10.000 soldados em alguns casos; porém o mais comum eram legiões de 4.800 a 5.000 homens acrescidos de aproximadamente 1.000 homens como pessoal de apoio.

Cada legião era dividida em 10 coortes, ou seja, cerca de 500 soldados que por sua vez era dividido em centúrias também chamada manípulo (centúria é relativo a 100); estes 100 homens eram comandados por um centurião; cada centúria era dividida em pelotões de 10 homens que dividiam a mesma barraca, em geral comiam juntos e desta forma tornavam-se mais íntimos.

Em uma campanha militar típica, uma caravana imensa e muito lenta acompanhava as legiões com suprimentos militares, bagagens e víveres e um legionário marchava com um equipamento que pesava entre 30 e 40 quilos; além de todos os equipamentos de combate ainda levava uma série de ferramentas destinada à construção e estadia no campo de batalha (pá, corda, cobertor, uma pequena panela e muito mais).

As legiões Romanas eram incrivelmente agressivas e ao mesmo tempo organizadas e disciplinadas. No início de suas atuações suas táticas e estratégias de ataque eram inspiradas nada mais nada menos que nas ações de guerra de Alexandre o Grande, possivelmente o maior general de todos os tempos.
Os romanos eram mestres em copiar e ou absorver tudo que era bom (ou conveniente) de outras culturas seja de povos conquistados ou de imigrantes; e com armamentos e equipamentos militares não era diferente, suas armas clássicas eram aprimoramentos de material absorvido ao longo dos séculos.
Elmo De Legionário Romano
Elmo de Legionário Romano

Alguns desses armamentos eram:

O elmo ou capacete (galae) desenhado para proteger não só a cabeça, como também as orelhas boa parte da face e a nuca (os capacetes com crista de pelos eram reservados aos suboficiais e oficiais).
Armadura Lorica Segmentata
Armadura Lorica Romana


A armadura lorica segmentada (lorica hamata ou lorica segmentata,)  que protegia boa parte do corpo.
 
 
 
Escudo Scutum
Escudo de Um Legionário Romano







O escudo (scutum) era retangular, curvo de forma a envolver parte do corpo, com cerca de 66 cm de largura e 1,15 m de altura, podendo ter pequenas variações desde que protegesse do joelho ao queixo e mais de 1 cm de espessura; era construído de um tipo de madeira compensada revestido de couro, com as bordas e o centro revestido de bronze ou de ferro.
 
Pilo a Lança romana
A Lança Pilo Romana

A lança romana "pilo" (pillum), com dois modelos básicos: pesada (pillum para espetar e furar) e uma ligeira (chamada "hasta" para ser arremessada contra os inimigos) era dividida em três partes: a ponta perfurante ligada a uma haste de ferro e um prolongamento feito de madeira; quando  bem arremessada partia-se em duas ficando uma parte cravada no escudo o que tirava a mobilidade do mesmo em geral sendo descartado pelo inimigo.
Punhal Pugio Romano
O Punhal "Pugio"

Adaga ou punhal usado do lado esquerdo um punhal (pugio), para cortar e furar.
 
 
 
 





Gladio a Espada Romana
A Espada Gladio (gladius)
Espada; diferentemente de qualquer outra na história das espadas era usada do lado direito; a famosíssima “gladio” (gladius), uma espada curta, era usada ao lado direito, pois com o braço esquerdo era usado o escudo (em qualquer outro caso usa-se a espada do lado esquerdo da cintura caso você seja destro; para ao desembainhar já estar em posição de ataque ou defesa), a gladio com cerca de 60 cm, tinha dois gumes muito afiados, não era uma espada para combate espada versus espada ela era usada para perfurar o inimigo, cortar partes de seu corpo ou golpear os escudos inimigos; era também conhecida como Gladius Hispaniensis por ser uma lâmina de combate adaptada após combates na Península Ibérica que à época era chamada pelos romanos de Hispânia (mais de 1500 anos depois parte da região passou a chamar-se Espanha); a gladio tornou-se tão emblemática que gerou a palavra "glande", "gladiador" e "digladiar". O mundo antigo nunca tinha visto uma máquina de guerra como o exército romano e durante ao menos três ou quatro séculos desde a sua criação nenhum exército se comparou aos exércitos de legionários.