Um amor Lindo, Leve e solto é o que muitos desejam.
Duas vezes.
Quando eu era pequeno, me apaixonei perdidamente por um balão de gás, é; um balão de gás destes que são vendidos em feiras livres e são distribuídos em festas infantis. (na minha época de criança nós os chamávamos de bola de gás).
Ele era lindo, colorido, de forma sensual e exuberante.
Era leve e de tão leve flutuava.
E solto, sim muito solto.
E por mais encantado que eu estivesse, mesmo sem tirar os olhos dele por um segundo, me distraí e ele voou...
Acho que ninguém sofreu tanto pela perda de um amor quanto aquela criança...
Meu Deus como eu chorei, uma criança não deveria sofrer e chorar tanto por uma perda sendo tão jovem tão criança...
Perguntei a minha vó Margot:
- Vó, para onde foi o meu amor?
No que ela prontamente respondeu:
- Para o céu meu filho, foi para junto de Deus.
Conformei-me.
Mas por desígnios divinos as feiras-livres ocorrem todas as semanas.
E no domingo seguinte lá estava eu com a minha avó.
Escolhi outro balão, outro amor, outra paixão.
Lindo, leve e solto.
Mas desta vez não deixei tão solto assim, minha avó amarrou no meu pulso.
Adorei a ideia.
Continuava leve, continuava lindo, mas segurei-o em minha mão de forma a não se soltar com tanta facilidade.
Aquele amor era meu e eu não iria perde-lo assim com tanta facilidade como o outro.
Fomos para casa, amor amarrado ao pulso.
Almocei galinha com arroz e por mais que insistissem para eu soltar aquele amor eu não obedeci... Lanchei com ele, vi A Família Trapo com ele, assisti a um emocionante episódio de Disneylândia, amarrado com ele juntinho a mim; Perdidos no Espaço, com Will Robson e seu maravilhoso Robô.
E mesmo sendo ameaçado de uma surra pela minha mãe eu tomei banho com meu balão, com meu amor.
Dormi vitorioso, satisfeito agarrado ao meu amor.
Lembro-me que devido ao sono já quase profundo eu o larguei, mas ele estava ainda amarrado qual escrava a mim.
Pela manhã...
Nova e amarga decepção, meu amor lindo leve e solto havia murchado, definhado, não tinha brilho, não mais flutuava, perdeu o viço.
Arrebentei revoltado a linha que me acorrentava a aquela coisa morta horrível.
Mais uma perda, mais um sofrimento, mais uma dor que à época me pareceu irremediável.
Desde então desisti de amores livres, leves e soltos.
Preferi me apaixonar por outras coisas, mais simples, mais duradouras, mais perenes, menos bonitos talvez, menos poéticos talvez, mas não menos apaixonantes...
Um abração a Todos!
Paz!
OLÁ GRANDE JORGE
ResponderExcluirA FILA ANDA E A VIDA CONTINUA.
ABS DO BETO
Bigadu Beto, mas foi só uma crônica, não significa (exatamente algo real comigo).
ExcluirSó algumas partes..rs..rs
Abração!
gostei muito bom
ResponderExcluirObrigado José Sergio Gondo!
ExcluirVolte Sempre!
Dê uma passeada aqui pelo Blog O Rescator, tem várias coisas legais.
Um abração!
Oi Jorjão,
ResponderExcluirPaz
Que de belle chose!!!
Gostei "de montão", diria o meu filho.
Alberto
Muito Obrigado irmão Alberto!
ExcluirConfesso que não ficaria sossegado sem um comentário seu...
Paz!